A Trilha do Puma Forasteiro
- Hemerson Coelho
- 16 de jan. de 2020
- 13 min de leitura
A história de como eu não consegui terminar a minha primeira trilha
Primeiro dia de 2020. Duas horas da tarde. Agradeci e me despedi dos jovens que me deram uma carona de volta até a pequena cidade de Melipeuco. Atravessei a rua e entrei no primeiro restaurante aberto que encontrei. Me sentei próximo a janela, com vista para o Vulcão Llaima a 15 km distante dali, tirei o chapéu e os óculos escuros, pedi uma boa refeição e uma bebida. Estava exausto e ao mesmo tempo me sentindo mais forte do que nunca. Comi e bebi sem pressa, desfrutando cada mordida e cada gole enquanto olhava para a montanha de fogo e gelo onde 24h antes eu estava longe de tudo e a mercê da gigantesca e implacável natureza.

Desde que decidi sair do Brasil em meados de março de 2019, com uma viagem que se concretizou em novembro, já tinha o plano de estar isolado da civilização durante a passagem de ano para 2020. Então no dia 30 de dezembro saí da cidade de Temuco onde estou vivendo rumo a Melipeuco, distante 85km, de onde partiria para passar dois dias acampando e me aventurando pela região da Reserva Nacional Conguillio, onde está localizado o Vulcão Llaima. Apesar das incríveis belezas naturais, a região é pouco frequentada por turistas. Para os meus objetivos de ficar distante de tudo e de todos seria o destino perfeito.
Tomei um ônibus no Terminal Rural de Temuco logo pela manhã e cheguei duas horas depois a Melipeuco, uma pequena cidade que possui apenas uma avenida principal, uma grande praça e algumas poucas quadras. Serve de base para quem vai aos parques e reservas da região pois os viajantes podem contar com boas hospedarias, restaurantes e pequenos comércios para se abastecer antes de seguir para as aventuras. Muito pacata e charmosa como qualquer outra pequena cidade do Chile. De Melipeuco ao Parque Nacional Congullio são 15km. Desci do ônibus e já iniciei a caminhada até a região da reserva. Os chilenos dão carona facilmente aos que viajam a pé, mas eu optei por ir andando todo o percurso apreciando a rica natureza da Araucanía Andina, como é conhecida a região, para mim era tudo novo e não queria perder nada. Caminhei por cerca de duas horas entre bosques nativos e propriedades de pequenos agricultores. Também vivem na região algumas comunidades Mapuche que desenvolvem sua agricultura tradicional além da criação de animais como ovelhas e aves para venda local e sobrevivência.


O plano para o primeiro dia seria encontrar um lugar seguro e próximo a uma fonte de água para acampar na noite do dia 30 e entrar na reserva no dia 31 pela manhã. Encontrei um bom local nas margens do Rio Truful-Truful, seguro e discreto, a cerca de 2 km de distância do controle de entrada do Parque Nacional. O Rio Truful-Truful é alimentado pela Laguna Conguillio e desemboca no Rio Allipén, o principal da região que além de irrigar a atividade agrícola em sua grande extensão, conta com uma grande presença de trutas e salmões selvagens da espécie Chinook.

Meu ano de 2019 foi um período de fazer muitas coisas pela primeira vez e assumir mais riscos. E estava eu ali mais uma vez realizando mais descobertas sobre mim e sobre o mundo a minha volta. Nunca havia acampado sozinho em toda a minha vida mas é como se estar próximo a natureza longe das pessoas e comodidades do dia a dia fosse algo simples de lidar. Sentir medo é completamente normal, está na natureza de todos os seres vivos e nos ajuda na sobrevivência. Ao contemplar os últimos minutos do pôr-do-sol não há como não sentir um frio na barriga de saber que as próximas horas serão de escuridão total, frio, silêncio e ansiedade pela chegada do dia seguinte. E de fato foi uma longa noite, mas ao acordar pela manhã com o canto dos pássaros e os primeiros raios de sol surgindo por trás das árvores, percebi que não havia o que temer, me senti parte do amanhecer junto com todos aqueles seres que também despertavam naquele momento.

Havia chegado a hora de desmontar o meu acampamento, eliminar os vestígios da minha presença no local e continuar a caminhada por mais 2 km até a entrada do Parque Nacional Conguillio. Os vestígios das erupções passadas do Llaima se estendem por todo o trajeto com bosques interrompidos por lava resfriada e amontoados de rochas vulcânicas nos dois lados da estrada.

Adentrei o perímetro do Parque Nacional Conguillio às 12h do dia 31 de dezembro. Passei pelo posto de controle do CONAF onde os guarda-parques registram a entrada de visitantes e cobram a taxa de manutenção. Não dão muitas orientações de segurança, mas nem é necessário já que tem vários avisos nas paredes sobre a proibição de fazer fogueiras, sobre a prevenção ao vírus Hanta e também sobre não poder acampar fora das áreas oficiais de camping que são administradas por empresas privadas assim como o próprio parque em si.
O Parque Nacional Conguillio se destaca pela proteção de espécies silvestres como o Puma, a Guiña (ou Gato Colorado), o Pica-Pau de Magalhães, o marsupial Monito del Monte, várias espécies de lagartixa, a pequena Rã de Darwin e também o Condor que coroa a rica fauna da região. Lembrando que todos esses animais evitam o contato com humanos, sendo quase impossível vê-los mesmo estando dentro dos limites do parque, fazendo com que um eventual avistamento seja ainda mais emocionante. No que diz respeito a flora, temos as araucárias, os ciprestes da serra, a uva da cordilheira, o radão anão que é raro por crescer apenas em campos de lava e a canela andina só para citar os principais.

Aqui começa a diversão. Olhei os mapas no posto do CONAF e escolhi a maior trilha disponível, o "Sendero de Chile" com 19 km de extensão. Mais tarde descobriria que este trajeto deveria estar interditado, algo sobre o que falarei mais a frente. Descansei alguns minutos por ali mesmo e logo entrei no bosque para iniciar a longa caminhada. Fazia um calor de quase 30ºC naquele horário, então andar dentro do bosque por uma hora foi muito revigorante depois de horas debaixo do sol no dia anterior. Estava finalmente como desejei por muito tempo, me afastando cada vez mais de todos os sinais de coisas feitas pelo homem. Ainda podia ouvir os ecos de vozes vindas do posto de controle, mas logo desapareceriam para dar lugar apenas aos sons da floresta. Lagartixas correndo para se esconder por onde eu passava, cantos de aves, abelhas trabalhando e a sensação de ser um forasteiro no meio disso tudo o que sempre me faz muito bem.

Depois de mais ou menos uma hora e meia passando pelo bosque, se inicia o próximo trecho da trilha. A partir daqui já não contamos mais com a sombra das árvores, sendo mandatório utilizar protetor solar, óculos escuros e chapéu a não ser que queira ter problemas como a insolação, comum nessa época do ano mesmo que a temperatura não suba muito além dos 28ºC. Serão muitas horas sob o sol numa trilha de terreno vulcânico antigo onde já cresce uma nova vegetação. Por todos os lados apenas a imensidão, o silêncio e o desconhecido. Com exceção das lagartixas que correm por todos os lados, os animais são muito raros de serem flagrados nessas grandes extensões de terra deserta. A prova da rica vida selvagem na região fica por conta de sinais como pegadas e vestígios da alimentação animal que estão em boa parte do trajeto. Mas apesar de não vê-los e de neste momento ter certeza que não existe nenhum ser humano nas próximas dezenas de quilômetros, tenho a constante sensação de estar sendo observado pelas criaturas escondidas nos arbustos e fendas nas rochas o que particularmente não me deixa se sentir só, e é parte da mágica do contato com a natureza selvagem. Estar cercado de coisas que simplesmente existem sem a influência humana é indescritível.



Lembra da parte sobre esta trilha estar interditada apesar de não haverem avisos e mapas atualizados? Nas horas seguintes iria descobrir o motivo na prática. A última erupção do Llaima foi em 2009, e ainda hoje uma parte importante e muito extensa da trilha agora não passa de deserto de lava, rochas e destroços vulcânicos. Porém era uma informação que não tive até chegar no ponto em que não havia mais sinais de trilha. Cerca de quatro quilômetros à minha direita estava a Cordilheira dos Andes e mais ou menos a mesma distância à esquerda, o Vulcão Llaima. Neste momento percebi que o Sendero de Chile não existia mais como no mapa que havia fotografado na entrada da reserva e já estava a quase 7 km do início da trilha. Não queria voltar e muito menos ir em direção a estrada de veículos aos pés da cordilheira. Neste momento estava embriagado com as belezas do local e com o absoluto silêncio, interrompido vez ou outra por uma corrente de vento que assobiava ao passar pela copa dos ciprestes. Mas ao ficar olhando de um lado ao outro, entre a cordilheira e o vulcão, o segundo parecia me chamar com mais vigor. Não precisei pensar muito para definir a minha própria continuação da trilha em direção ao Llaima.

Ainda tinha água, alguns alimentos e muita disposição em me aventurar. Então depois de alguns minutos de descanso, segui em direção ao chamado da montanha. Claro que o plano não era subir o vulcão, pois acredito que ninguém faz isso por esse lado da montanha e além disso não tinha tempo e nem os equipamentos necessários. A minha intenção era subir até algum local por onde poderia superar os destroços das erupções e descer até onde a trilha original deveria continuar.

O pico do Vulcão Llaima tem 3125m de altura do nível do mar. Em minha tentativa de encontrar um caminho para continuar a trilha, iria subir até cerca de 1200m, fracassar em encontrar um caminho transitável, descer para procurar um caminho mais abaixo, fracassar de novo e voltar a subir desta vez até os 1500m. Eu sei, não parece muito inteligente mas em momento algum nesse "andar em círculos" me senti realmente em perigo ou arrependido das minhas escolhas, apesar de ter ficado em apuros quando a água acabou mais tarde. A adrenalina acaba completamente com a nossa noção de risco e acabamos nos aventurando sem calcular com precisão algumas coisas importantes. Mas como disse antes, não me arrependo de nenhuma das minhas escolhas durante toda essa aventura. Me senti verdadeiramente parte do planeta, como nunca havia me sentido em nenhum lugar que pisei na vida até hoje. Quando estava lá no alto, distante várias horas de caminhada de qualquer lugar seguro, sem sinal de celular, sem nenhuma forma possível de pedir ajuda em caso de uma emergência real, no caminho de um vulcão que poderia simplesmente iniciar uma atividade sem me dar chance de fuga, tudo o que conseguia pensar era na relação de respeito entre humano e natureza que estava acontecendo naquele momento. Ela tem o poder de nos dar a vida e é a única com o direito de tirá-la. E isso realmente nunca me incomodou.

E mais um dos muitos momentos com real impacto e significado nessa jornada foi quando olhei para trás durante a minha exaustiva subida e me deparei com o rei dos céus andinos, um Condor dos Andes em pleno voo. Na Mitologia Andina, o Condor é relacionado a divindade do Sol e é visto como o governante do mundo superior. Para os mais supersticiosos uma visão como essa na situação em que eu estava seria com toda certeza um presságio. Do quê? Não arrisco dizer, mas a nascente de água que encontrei alguns minutos depois naquela altitude quando já estava quase desidratando a um nível sem volta me fez refletir sobre o significado da palavra "impossível". Não sou supersticioso, mas muito obrigado assim mesmo Sr. Condor.

Depois de tudo isso chegou a hora de descer por um caminho impensável para qualquer pessoa em sã consciência. Mais uma vez repito que assumi todos os riscos que corri fazendo isso e não recomendo a ninguém sem o devido preparo tentar algo parecido. Sabia que seria uma corrida contra o tempo pois teria que chegar a planície e procurar a continuação da trilha antes que escurecesse, e o sol já começava a baixar no horizonte atrás das montanhas. Descer é muito mais rápido, porém teria ainda que passar por obstáculos perigosos como passagens estreitas e escorregadias de cinzas vulcânicas, amontoados de pedras soltas que são lançadas de dentro da terra quando há uma erupção e caminhar quilômetros pisando em terreno irregular sem o equipamento apropriado, mas estava muito determinado a chegar a base da montanha antes do anoitecer e encontrar a trilha, o que de fato não aconteceu.

Depois de uma descida com poucas paradas entre rochas e terreno irregular, cheguei a planície próximo ao horário do pôr-do-sol, cerca de 9h da noite. Já muito exausto e mais uma vez sem água, necessitava ser preciso e não cometer mais erros em meus próximos passos. Ainda estava no meio do nada e nenhum sinal da trilha original. Começava a anoitecer. Um coelho selvagem passou correndo, parou por alguns segundos a uma certa distância e ficou observando aquele ser raro que andava em duas pernas perdido em seu território, para depois partir e desaparecer entre as rochas. Depois do Condor, essa era a segunda forma de vida que estava vendo depois de muitas horas e confesso que me alegrou não estar tão só. Neste momento já não estava mais me importando em fotografar algo por três motivos: pouca bateria para o dia seguinte, o baixo desempenho do meu equipamento no escuro e o meu foco em simplesmente encontrar algum lugar para passar a noite, de preferência próximo a uma fonte de água.

Foi somente após o sol desaparecer por completo que decidi desistir da trilha original e seguir em direção à estrada ao pé da cordilheira. Pelo mapa sabia que em algum lugar por lá teria algum posto do Conaf e algum refúgio. Ou também poderia pedir alguma carona caso passasse algum veículo indo na direção do camping ao qual deveria ter chegado há algumas horas atrás. Troquei a câmera pela lanterna e caminhei por mais uma hora e meia no escuro até me aproximar finalmente da estrada e parar para descansar enquanto esperava algum veículo passar. Mas nada de carros. Já eram quase 23h. Estava quase desistindo de sair dali e pensei em acampar no deserto mesmo. Tinha comida. O grande problema mesmo era a água. Por um momento esqueci de tudo isso quando olhei para o céu limpo com o universo pintado em toda a sua imensidão. Valeu cada minuto, pensei. Sentado ali na escuridão total sob a luz das estrelas refleti não apenas sobre o meu ano de 2019, mas sobre toda a jornada da minha vida que me levou a estar ali naquele momento tão inédito e especial. Pensei que naquele momento poderia partir feliz e realizado para o outro mundo. Até que meus devaneios foram interrompidos por um som que me fez parar de respirar por alguns segundos e ouvir mais uma vez para ter certeza que não estava tendo um delírio causado pela exaustão: o himplar de um Puma.
Neste momento recuperei alguma força e definitivamente desisti de dormir no meio do nada. Cheguei até a estrada onde continuei caminhando muito atento aos arredores apontando a lanterna para os arbustos e rochas a fim de visualizar, mesmo que fosse a distância, o Puma responsável pelos "miados". Tive um pouco de medo pois estava fraco e poderia ser considerado vulnerável pelo felino, mas ao mesmo tempo torcia pelo encontro. Não ouvi mais os sons do Puma, e sim música. Estava salvo. Havia chegado próximo a um refúgio com cabanas e um restaurante onde estava acontecendo uma confraternização de ano novo entre um grupo de amigos. Finalmente vi as luzes e acompanhei a música que estava sendo cantada pelos convidados.
Faltando 1km para chegar ao refúgio, tive a visão com a qual sonhei nos vários meses anteriores a essa aventura. Ao apontar a lanterna para o bosque aos pés da cordilheira, próximo a margem do rio que ali surgia, brilharam os olhos de um Puma sentado como um gato me observando na escuridão total a uns 20 metros de distância. Foram poucos segundos. Logo ele se esconderia outra vez em meio aos arbustos e não seria mais visto. Uma conclusão de tirar o resto de fôlego que eu ainda tinha no meu ano de 2019.
Depois de dois dias fora de casa, havia percorrido cerca de 35km a pé. Abaixo um mapa com o trajeto errante que percorri dentro do Parque Nacional Conguillio, onde marquei com o máximo de precisão que pude recordar os locais onde aconteceram os eventos citados nesse texto.

Lembram do meu plano de passar a virada do ano longe de pessoas? Pois é, a vida é cheia de surpresas e ironias e é isso o que a faz tão especial. Cheguei a um refúgio exatamente as 23:20h do dia 31 de dezembro. Alguns presentes que se reuniam para comemorar a virada do ano vieram falar comigo e antes de começar a contar como havia ido parar ali àquela hora da noite, implorei por água com as pernas já não me aguentando mais em pé. Enquanto me faziam diversas perguntas e se mostravam curiosos pelo forasteiro perdido, eu só refletia e ria internamente sobre tudo o que tinha passado naquele dia improvável. O proprietário do local me ofereceu uma refeição e me autorizou a montar a barraca próximo as cabanas de hóspedes para passar a noite.
Meia noite e um minuto. Primeiro de janeiro de 2020. Montei a minha barraca e simplesmente apaguei poucos minutos depois. Lá fora continuavam cantando e celebrando. Ironicamente me alegrei em não estar completamente só na virada do ano.
Acordei por volta das 10h da manhã. Preparei minhas coisas, e saí mais uma vez com a mochila nas costas a fim de chegar a Lagoa Conguillio antes de iniciar a volta para casa. Me despedi das pessoas que me recepcionaram e salvaram a minha noite anterior e segui caminhando desta vez pela estrada até conseguir uma carona até a Lagoa. Apesar das horas de descanso, o dia anterior havia sido bem desgastante fisicamente e não estava mais com a mesma disposição de andar além de estar arriscando uma lesão mais grave nas costas que já estavam bastante doloridas. O que ainda considerava como sendo um problema menor perto do que tinha vivido até então. O importante seria estar bem para a próxima aventura depois de algumas semanas. Uma família a caminho da lagoa me deu uma carona e lá mesmo tomei o meu café da manhã enquanto olhava para a Sierra Nevada que sem cerimônia me desafiava para a próxima aventura.

Aqui termina a minha aventura de reveillon. Deixei a lagoa por volta do meio-dia, caminhei mais alguns minutos a pé e logo consegui duas caronas até sair do parque e depois uma última de volta até a cidade de Melipeuco, de onde tomaria um ônibus de volta a Temuco.
Passei boa parte do ano de 2019 amaldiçoando a sociedade como um todo e desejando estar longe de tudo isso. Mas depois dessa experiência, eu me dei conta que não somos absolutamente nada lá fora e que dependemos uns dos outros para sobreviver nesse planeta. Embora as vezes tenhamos a impressão de estarmos fazendo algo completamente sozinhos e por nós mesmos, devemos lembrar que sempre haverá uma comunidade inteira por trás de nossas conquistas. Das pessoas que fabricaram as suas roupas até os desconhecidos que te dão carona na estrada, somos todos interdependentes. Fazia todas essas reflexões olhando para o vulcão, desta vez de uma distância definitivamente segura, fazendo anotações em meu caderno enquanto aguardava pelo almoço que seria o melhor da minha vida até aquele momento.
De volta a Temuco, a família de raízes mapuche com quem estou convivendo fez questão de se reunir para ouvir as minhas histórias e ver as fotos da aventura, e após se divertirem muito com todo o relato, acabei ganhando um apelido nativo: Loncopan Namuunkura, que na língua mapudungun significa "Cabeça de Puma, Pé de Pedra".
Nos vemos por aí exploradores!
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AMEI ler! Estando aqui, do outro lado da tela, me deixei levar pela leitura e simplesmente me transportei na sua aventura. É como se estivesse aí, acompanhando contigo toda essa loucura! Queria ter visto a nascente, que momento mágico! Muitos sentem vontade de fazer o que está fazendo (eu inclusive lol), mas não temos coragem ou preguiça mesmo, então poder acompanhar sua jornada é como estar se aventurando também!
Só uma sugestão, de você linkar esse blog no Instagram e sei lá, a cada novo post aqui, você posta no seu Insta, porque aí você coloca as hashtags, que é mais fácil de encontrar e acredito que muitos aventureiros procuram conteúdo por lá. E quem sabe um canal no YouTube,…